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Memória e identidade no acervo audiovisual da UFJF

Neste 27 de outubro, é celebrado o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, uma data para reconhecer e valorizar os documentos que registram a memória e a identidade cultural das nações através de imagens e sons. Esses documentos são fontes preciosas de informação, educação e entretenimento, mas também são vulneráveis ao tempo, à deterioração e à obsolescência tecnológica – por isso, é preciso preservá-los e difundi-los para as gerações presentes e, especialmente, futuras.

Trabalhadores na construção do campus da UFJF (Arquivo Fotográfico Roberto e Alexandre Dornelas/Arquivo Central)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) faz sua parte por meio da conservação de um importante patrimônio audiovisual, que está sob a guarda do Arquivo Central, responsável pela gestão, preservação e difusão dos documentos produzidos e recebidos pela UFJF ao longo de sua história, incluindo fotografias, filmes, vídeos e discos. Somente o acervo fotográfico retrata, por exemplo, desde a fundação da UFJF em 1960 até os dias atuais.

“Com os acervos audiovisuais podemos observar eventos, ouvimos vozes do passado, acessamos dados que nos permitem compreender o mundo e o ambiente ao nosso redor”, elucida a restauradora Andreia de Freitas Rodrigues, responsável pela Coordenação de Preservação do Arquivo Central da UFJF. “Ações de preservação e acesso aos acervos audiovisuais são importantes para a construção integral da identidade cultural dos povos – este é o principal intuito do Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, estabelecido na 33ª Conferência Geral da Unesco.”

Acervo é aberto para consultas e pesquisas de toda a comunidade

O acervo audiovisual do Arquivo Central da UFJF pode ser consultado de diversas formas. Pessoalmente, os interessados podem visitar o prédio do Arquivo Central, localizado na Avenida Rio Branco, 3460. Já por meio da internet, os guias e os inventários estão disponíveis no site oficial do espaço. Também é possível enviar pedidos de consultas e pesquisas por e-mail (arqcentral@ufjf.br) ou por mensagem via Instagram (@arqcentralufjf). O Arquivo Central realiza a digitalização dos documentos audiovisuais sob demanda e disponibiliza o acervo digital ou digitalizado com licença livre para utilização, desde que dado o devido crédito.

Mapa de Juiz de Fora desenhado por Afonso de Guayra Heberle, datado de 1920 (Fonte: Acervo Arquivo Central/UFJF)

A restauradora e conservadora Andreia de Freitas Rodrigues ressalta os tipos de acervo audiovisual que o espaço possui e cita documentos que se destacam pela sua raridade ou seu valor histórico e artístico. “Um exemplo são as fitas K7 com gravações de entrevistas realizadas pela pesquisadora Patrícia Lage de Almeida com descendentes de escravizados, moradores da cidade.” Na lista de trabalhos publicados que resultaram de pesquisa no acervo ou fazem referência ao trabalho do Arquivo Central, que pode ser consultada na página oficial do espaço, estão incluídas dissertações, teses, artigos, livros e capítulos de livros que abrangem temas como educação, saúde, política, arte, comunicação, entre outros.

“Outro acervo que merece destaque é o riquíssimo Arquivo Fotográfico Roberto e Alexandre Dornelas, com imagens de Juiz de Fora e da UFJF desde sua criação”, frisa Andreia. Parte desse arquivo pode ser observado na exposição “Cidade Adentro: Memória Fotográfica de Juiz de Fora”, que está em cartaz no Memorial da República Presidente Itamar Franco (Memorial) da UFJF até dezembro. A mostra, que teve a curadoria de Laura Kasemiro e Tarcísio Greggio, apresenta ao público um olhar profundo sobre as transformações do município.

O acervo discográfico do Arquivo Central, que possui cerca de 3 mil discos em vinil, também chama atenção. “É muito interessante, pois possui itens de várias partes do mundo, alguns bastante raros. A organização está em fase de revisão e temos realizado divulgações, mostrando as gravações em nosso Instagram”, adianta a restauradora.

Os desafios da conservação

“Trabalhamos promovendo ações de conservação do acervo, tais como higienização e acondicionamento. Nosso maior desafio, atualmente, é a manutenção das condições favoráveis nos ambientes de guarda dos acervos, como a estabilidade dos níveis de temperatura e umidade”, explica Andreia. A conservadora e restauradora também destaca outra adversidade que o Arquivo Central enfrenta: a obsolescência dos equipamentos. “Muitos desses acervos estão em fitas K7 ou VHS, por exemplo, e não temos equipamentos suficientes para reprodução e reformatação desse material.”

Matéria repostada de UFJF | Notícias. Link para original: https://www2.ufjf.br/noticias/2023/10/27/memoria-e-identidade-no-acervo-audiovisual-da-ufjf/

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