Tarcísio Greggio
Filho de um ferreiro e de uma costureira, aos 18 anos Wilson Tibério (1923-2005) deixou Porto Alegre com a certeza de que se tornaria um grande pintor.
Estudou na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e, também na capital, tornou-se amigo de Luiz Carlos Prestes, através de quem não só consolidou suas posições políticas como também conheceu o Teatro Experimental Negro, dirigido por Abdias Nascimento.
Em 1946, expôs seu trabalho no Quitandinha, em Petrópolis; no ano seguinte, mudou-se para Paris, onde passou a frequentar a prestigiosa Académie de la Grande Chaumières, em Montparnasse.
Visitou o Senegal, o Sudão, o Daomé (Benim), e o Alto Volta (Burkina Fasso), e, segundo consta, em uma de suas três passagens pela África, foi expulso depois de surrar um feitor que castigava trabalhadores negros.
Entre os anos 1950 e 1970, seu período mais produtivo, o trabalho de Wilson Tibério foi recebido em alguns dos mais prestigiosos espaços expográficos do mundo, como o Museu de Belas Artes de Paris e as galerias Henri Tronchet (ao lado de Picasso) e Paesi Nuovi.
Wilson Tibério morreu em Mazan, França, sem jamais ter retornado ao Brasil.
Crédito da imagem: Wilson Tibério trabalhando em seu ateliê. Frame de “Les Statues Meurent Aussi”, 1953 [30 min]
Como citar esse texto: GREGGIO, Tarcísio (2020). “Sobre Wilson Tibério”. Panteão: Memorial da República Presidente Itamar Franco. [online]. Acesso em: [dia-mês-ano da consulta], n.p. Disponível em: [link do post]
Tarcísio Greggio é Diretor do Memorial da República Presidente Itamar Franco