Autor: mrpitamarfranco

  • Memorial da República Presidente Itamar Franco lança exposição “Cidade Adentro: Memória Fotográfica de Juiz de Fora”

    “Uma cidade o que é? Um percurso no espaço, um percurso no tempo, um percurso em nós mesmos? Síntese de nossas vidas, ela se estende ao nosso lado, espécie de irmã xifópaga, fiel testemunha de nossas emoções, guardiã de nossos destinos”.   
    JARDIM, Rachel. “A cidade: o que é?”. Instituto Itamar Augusto Franco, 2019.

    Na próxima terça-feira, 15 de agosto, às 19h, o Memorial da República Presidente Itamar Franco (Memorial) lançará sua segunda exposição temporária de 2023: “Cidade Adentro: Memória Fotográfica de Juiz de Fora”. A exposição, que teve curadoria de Laura Kasemiro e Tarcísio Greggio, traz ao público um olhar profundo sobre as transformações de Juiz de Fora, aguçando memórias afetivas de juizforanos e apaixonados pela cidade. Além da abertura da exposição, o evento contará com uma roda de poesia realizada pela Confraria dos Poetas (@confraria_dos_poetas).

    “Cidade Adentro: Memória Fotográfica de Juiz de Fora” traz à lembrança uma cidade que não existe mais. Transformada pelos prédios e pelas ruas que priorizam a velocidade dos carros às caminhadas dos pedestres, Juiz de Fora é outra. Contudo, como salienta o texto de abertura da exposição, “alguma coisa continua lá, intacta, entre o vivido e o esquecimento: uma reserva de memória que, resistindo ao avanço do tempo, nos convida a caminhar pela cidade como quem folheia um álbum de família”.

    Para Tarcísio Greggio, Diretor do Memorial, a exposição é uma boa oportunidade para levar aos visitantes um valioso acervo fotográfico de grande valor estético, social e histórico que é preservado pelo arquivo do Memorial. “À medida que o trabalho de processamento técnico do nosso acervo avança, é como se essas fotografias pedissem um espaço em nosso calendário de exposições. Portanto, já faz tempo que a equipe do Memorial deseja levar essas imagens ao conhecimento do público”.

    Ao todo, 43 fotografias de Roberto Dornellas serão expostas nos ambientes internos e externos do Memorial. Dornellas fez as imagens durante o período da prefeitura de Itamar Franco, compreendido entre 1967 e 1974. Algumas imagens cedidas pelo Arquivo Central da UFJF são do mesmo fotógrafo, porém não possuem datação. Estas mesmas imagens do Arquivo Central já foram expostas na Mostra fotográfica por Roberto Dornellas: “Itamar Franco: Ideal e Ideias de um Grande Estadista”, na década de 1990.

    Laura Kasemiro acrescenta que a curadoria das imagens buscou “elementos que refletissem a ocupação social da cidade, buscando o potencial estético e narrativo nas fotografias. Era preciso contar uma história recente de Juiz de Fora, com sensibilidade e nostalgia”.

    Além da busca pelas identidades e afetividades ligadas à cidade, a exposição também dialoga com as comemorações de 30 anos da posse de Itamar Franco como presidente da República. Tarcísio Greggio salienta que “poucas cidades brasileiras podem dizer que um filho seu tornou-se Presidente da República. Juiz de Fora é uma delas. Foi aqui, na nossa cidade, que Itamar cresceu, estudou, formou-se em engenharia pela UFJF e deu os primeiros passos de uma carreira na vida pública que o levaram à Presidência. Ao lado de Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek, Itamar Franco, esse juizforano nascido no mar, é um dos maiores representantes de Minas na história política do Brasil, e será para sempre lembrado como um dos presidentes mais populares que o país já teve”. O diretor do Memorial acrescenta que “com a nova exposição, oferecemos ao visitante a oportunidade de conhecer um pouco da Juiz de Fora do tempo de Itamar. Mas as imagens reunidas na mostra vão além de seu valor histórico, documental. São fotografias belíssimas, que nos colocam em contato com essa cidade que, apesar de tantas mudanças, continua sendo a cidade da nossa infância, da nossa memória. A exposição é um convite a caminhar pelas ruas de Juiz de Fora como quem folheia um álbum de família”.

    O Memorial fica aberto de terça à sexta-feira, de 10 às 18 horas e aos sábados de 12 às 18h. A entrada é gratuita. Para visitas mediadas, é preciso agendar um horário pelo e-mail cultura.memorial@ufjf.br.

    Serviço
    Exposição Cidade Adentro: Memória Fotográfica de Juiz de Fora
    Data: 15/08/2023, 19h
    Local: Memorial da República Presidente Itamar Franco
    Endereço: Rua Benjamin Constant, 760. Centro. Juiz de Fora
    Entrada gratuita
    Contato: educativo.memorial@ufjf.br / secretaria.memorial@ufjf.br
    Telefone: (32) 2102-3594
    Site: www.mrpitamarfranco.com.br
    Instagram: www.instagram.com/memorialitamarfranco
    YouTube: www.youtube.com/MemorialItamarFranco
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

     

  • Seleção de bolsistas Pibiart – Programa de Bolsa de Iniciação Artística 2023-2024

    Estão abertas as inscrições para o Edital do projeto “Cultura e Educação no Memorial”, do Memorial da República Presidente Itamar Franco. Serão selecionados oito bolsistas de Iniciação Artística para o projeto Mediação Artística da Procult, sendo quatro remuneradas e quatro voluntárias, para atuação no setores de Arquivo, Biblioteca, Assessoria de Comunicação e Educativo. 

    A bolsa da modalidade Pibiart tem duração de 12 meses e podem se inscrever no edital estudantes todos os cursos do Instituto de Artes e Design e dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Rádio, TV e Internet), História, Geografia, Pedagogia, Ciências Sociais, Serviço Social, Letras e Turismo, a partir do 2º período. Os selecionados atuarão presencialmente em período de 12 horas por semana, no Memorial (Rua Benjamin Constant 760), em atividades culturais e na produção de conteúdo sobre o acervo da instituição e das ações culturais e educativas. 

    As inscrições seguem até 12h do dia 10 de agosto de 2023, via formulário. A seleção será composta por duas etapas: análise de histórico e currículo e entrevista com resultado no dia 12 de agosto. 

    Acesse o Edital 

    Acesse o Formulário 

  • A Importância do Incentivo Político ao Esporte Feminino: Rumo à Igualdade Constitucional nas Quadras

    Com a Copa do Mundo de Futebol Feminino em pleno andamento, os holofotes se voltam para as talentosas atletas que competem arduamente pelo título. O torneio, que reúne 32 seleções de diferentes países, destaca não apenas a excelência esportiva, mas também a importância das políticas públicas no incentivo ao esporte feminino. Assegurar a igualdade de acesso ao esporte é um direito constitucional, e é papel do Estado fomentar ações que garantam a valorização e o reconhecimento de todas as mulheres no cenário esportivo. 

    O futebol feminino tem experimentado um crescimento significativo ao longo dos anos. Desde a primeira Copa do Mundo feminina, realizada em 1991, as equipes têm mostrado um desenvolvimento significativo, elevando o nível de competição e com atletas tornando-se ícones que inspiram milhões ao redor do mundo. Nomes como Marta, Megan Rapinoe, Sam Kerr e tantas outras, provam que o talento e a paixão pelo esporte não têm gênero. Contudo, apesar do progresso, ainda enfrentamos desafios estruturais e culturais que impedem o pleno desenvolvimento do esporte feminino. 

    A igualdade de oportunidades é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento social e esportivo de uma nação. O esporte não apenas promove a saúde e o bem-estar físico, mas também ensina valores como trabalho em equipe, resiliência e liderança. Portanto, é essencial que as políticas públicas estejam comprometidas com a inclusão e valorização do esporte feminino. 

    De acordo com o Coordenador do curso Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora ( Faefid/UFJF), Heglison Custódio Toledo, afirma que: “Os desafios culturais e sociais, que ainda limitam a participação plena das mulheres no esporte, esbarram na estrutura educacional. O ensino de educação física nas escolas tem perdido seu espaço para uma formação conteudista, isto não permite a expansão da cultura esportiva e manifestações corporais”. O coordenador ainda enfatiza que “os aspectos relacionados à formação impactam na cultura e consequentemente nas relações sociais. É necessário entender que o esporte é um fenômeno social genuíno e portanto, é necessário valorizar desde a tenra idade” 

    Políticas públicas efetivas são essenciais para impulsionar o esporte feminino em todas as suas dimensões. O investimento em infraestrutura esportiva, a formação de atletas e treinadoras, e a criação de campanhas de conscientização que combatam estereótipos de gênero são algumas das medidas que podem fazer a diferença. 

    Além disso, a criação de programas específicos para o desenvolvimento do esporte feminino desde a base até o alto rendimento é uma forma de identificar e potencializar talentos, proporcionando oportunidades para que as mulheres brilhem em todas as modalidades. Incluir o esporte feminino na agenda política é uma atitude assertiva para promover a igualdade de gênero. Quando o Estado coloca o esporte feminino como uma prioridade, está enviando uma mensagem clara sobre a importância da inclusão das mulheres em todas as esferas da sociedade. 

    Um exemplo de projeto inspirador que incentiva o futebol feminino é o “Futebol pela Igualdade”. O projeto existe desde 2015, e nesse período, mais de duas mil meninas já foram impactadas pela iniciativa que teve início na Areninha do bairro José Walter, em Fortaleza, e agora conta com mais outros três pontos de apoio: CFO, Cuca e Unifor. Um dos muitos diferenciais é a equipe multidisciplinar, constituída apenas por mulheres. O campo une as meninas pelo interesse pelo futebol, e juntas, elas aprendem sobre a importância do lugar que ocupam, sobre empoderamento, igualdade, liderança e outros conceitos que vão se fazer presentes na caminhada de cada uma para o resto da vida. O interesse em comum pela bola é o que faz elas chegarem ao projeto, mas o apoio que encontram uma na outra e lições colaboram para que permaneçam.

    Sobre a relevância do futebol feminino na mídia e nas redes sociais virtuais, o coordenador da Faefid ainda aborda que: “O papel da mídia é muito importante pois dá visibilidade e forma opiniões, no entanto, deve-se observar a estrutura do futebol feminino, que por falta de investimento e também questões culturais, ficou apagado por muitos anos. Neste sentido, é necessário dar visibilidade, mas também discutir elementos que impulsionem a cultura esportiva e aparatos de políticas públicas que possam viabilizar a prática desde a iniciação até a profissionalização esportiva”, afirma Toledo.Acompanhar a Copa do Mundo de Futebol Feminino é uma oportunidade de lembrar que o incentivo político ao esporte feminino é uma responsabilidade de todos. Garantir a igualdade no esporte é assegurar que mulheres e meninas tenham o direito constitucional de participar, brilhar e inspirar gerações futuras. O esporte não conhece limites de gênero, raça ou origem, e é fundamental que a política esportiva esteja alinhada com a Constituição, garantindo o direito de todas as mulheres ao acesso, ao desenvolvimento e ao reconhecimento no mundo esportivo. 

    Incentivar o esporte feminino não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia para construir uma sociedade mais equitativa e resiliente. É necessário reconhecer que as mulheres têm o direito constitucional de participar plenamente da vida esportiva e que o Estado tem o dever de garantir as condições para que isso aconteça. 

    Matéria editada pela bolsista de Pibart, Elisa Rodrigues, sob supervisão.